quinta-feira

Credo!!! Que dias!

Que dias tem sido estes últimos, senhores? Parece que só trabalho! Por muito que eu tente e me esforce, não consigo ter uns segunditos para mim! Agora que penso nisso, os dias de terça e quarta-feira foram dedicados exclusivamente ao trabalho, isto, se tirarmos os momentitos que dedico a escolher a roupichta de manhã (e sim, essa pode ser uma tarefa bastante complicada, dependendo dos dias...), e o tempo sagrado dedicado ao meu duche (sítio propicio à divagação, não sei porquê...). E o pior de tudo, é que continuo com montes de trabalho acumulado, montes de coisas para fazer que nem sei bem como há-de ser..... Coisas, trabalho que fui acumulando pois passei os últimos dois dias a aturar... ESPANHOIS!!!!
Não que não goste de espanhóis, nada disso, afinal, metade das minhas costelazinhas, inegavelmente, ainda pertencem aqui ao país ao lado, mas bolas, eles conseguem cansar a pessoa mais paciente do mundo! A bem dizer, desde Janeiro que ando ás voltas com esta questão e, sempre teve tudo bem, até ao ante penúltimo dia.... Ora então, vá de se lembrarem de leis e mais leis aplicáveis à situação, e eu, paciente, dizia, não, a que se aplica é esta. Ah, e tal, não está bem a ver, porque ainda temos este artigo que se poderá aplicar, e a santa CriX lá responde, olhe que não queriduxa, olhe que não se aplica porque o sujeito é colectivo e não individual, e toca de enviar a documentação (e sim, tratávamo-nos por usted, o que é esquisitíssimo, mas enfim, há que manter as devidas distancias com os cinzentões da contabilidade...). E volta a carga, não tenho bem a certeza da lei, por isso vou passar o caso para o meu assessor fiscal - ou seja, não quero ser eu a assumir a responsabilidade, afinal, apesar de ser em Espanha, não passo de uma funcionária pública, e portanto, chuto a bola para outro....
É aqui que assisto à interpretação de uma lei, do modo mais transversal que já alguma vez vi. Farta de tentar explicar de que “cor é o Sol”, resolvi que era como diz o ditado, “senão os podes vencer, junta-te a eles!” Vai daí, peguei em mim, e "fiz" o tão adorado documento! Oh, era vê-los todos felizes, e eu estupefacta.... E andei eu um dia e meio a moer-me, quando era tudo tão fácil... Acalmava eu, tentando organizar o raciocínio, quando recebo uma chamada de um outro senhor, espanhol, claro, que dizia: Cristina, me piden aqui en la oficina que traduzcas la factura…. Silêncio….. Silêncio e mais silencio… e pensava eu… QUÊÊÊÊÊ??????? Só podes estar a gozar! Seu brincalhão, depois de andar dois dias de roda de um problema que se resolveu da maneira mais ridícula, só me faltava mais esta.... traduzir facturas! Resolvi explicar, Pues Pablo, nosotros trabajamos muchísimas veces con ayuntamientos e fundaciones en España e, hasta ahora, ¡nadie nos ha pedido eso! Me suena raro…. Vale, les comunicaré eso e intentaré que no lo pidan.
Oh senhores!!! E era preciso ligar para me dizer isso? Tive quase para lhe responder, oh meu amigo, por quem sois, é para já, esta sua lacaia vai já traduzir a facturinha, mas antes, deixe-me só ir ali à cozinha, buscar a faquinha mais afiada que lá esta, para que possa ir cortando os pulsos. Sim, lentamente, claro, lentamente porque assim ainda dá para ir resolvendo outras situações….
Ai c’a nervos!!!!!
No meio desta “tournée” toda, salva-se o meu querido Héctor, que não dá trabalho nenhum e, com quem esclareci tudo desde cedo…. Um fofo!
Estou desejando que chegue sábado! Não, não vai ser um dia muito diferente, vou estar a trabalhar, mas já vou ter ultrapassado os problemas de terras de Castela!

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