sexta-feira

A ver se me consigo explicar....

... não é que seja um ser do outro mundo e seja contra o dia mundial da mulher, N Ã O!
Como pessoa informada que me considero, estou ciente da abrangência e do significado histórico da comemoração deste dia, o que não percebo é a interpretação que, hoje em dia, se-lhe dá.
Sou feminista q.b.
Digo isto sem qualquer tipo de ilusão ou pretensão; se hoje assim me afirmo é porque alguém já lutou muito pelos (meus) nossos direitos, tanto, que hoje eu posso ser uma mulher totalmente independente, que gere a sua vida a seu bel prazer, não tendo de enfrentar qualquer tipo de estigma porque vivo sozinha ou porque simplesmente os meus ideais não são os estipulados socialmente.
Não obstante, gosto do cavalheirismo; gosto de ter alguém que me carregue as coisas pesadas, gosto da ideia de ter alguém que cuide de mim, assumo-o sem qualquer tipo de preconceito, até porque há inquestionavelmente uma diferença física entre os dois sexos. Para o bem e para o mal!
Por muito tempo fomos e, ainda que mais amiúde, continuamos a ser oprimidas e ignoradas pela população masculina, o que, para mim, não quer dizer que tenha de olha-los como inimigos ou alvos a abater. Há que saber distinguir as coisas: óbvio que não gosto, nem admito ser menosprezada por questões sexuais, mas há que se manifestar na altura devida. Por conta desta minha opinião, tive direito a uma puxão de orelhas (o único, refira-se) da minha ex-chefe, uma feminista fervorosa, dos seus 50 anos. Tentei explicar-lhe o meu ponto de vista, dizer-lhe que lhe estava grata por tudo o que ela tinha lutado para que a minha geração estivesse no patamar em que está, mas ela continuou com agarrada ao seu extremismo, sem qualquer abertura ao meu ponto de vista. Os extremos são inimigos do óptimo.... (acho que vou instaurar esta máxima...)
E depois, há estas comemorações ridículas do dia da mulher que, honestamente e perdoem-me se firo algumas susceptibilidades, envergonham qualquer Mulher. Gostava de saber quem é que lançou o boato de que dia da mulher é o dia em que todas elas "soltam a franga"? Ora é sair à rua e vê-las aos bandos... aproveitam para estravasar todos os limites, e é vê-las, aquelas senhoras que no resto do ano até passariam por pessoas ditas normais, todas doidas, a beber como se não houvesse amanhã; usam a desculpa para libertar a "vaca" que está adormecida (ou domada...) durante todo o ano, e é vê-las, com ar faminto, atrás dos gajos... calculo que neste dia não haja um bar de strip masculino ás moscas... E pergunto eu, é preciso ser o dia da mulher para ir a um bar de strip ou para "alugar" um stripper? É preciso ser o dia da mulher para soltar o lado ordinário que lá reside? Eu cá, não preciso de pretextos para ser o que sou....
Tenho um amigo que diz que é o dia das gajas doidas... Como o posso recriminar se cada vez que o tento fazer, lembro-me do ano passado, em que, por acaso, fui jantar fora com um casal amigo e as suas duas lindas filhas; de repente, estando nós calmamente a jantar (mas sem falar, pois era impossível ouvirmo-nos uns aos outros, se não fosse a berrar), vimos surgir um enorme bolo que, tinha o formato de.... do quê, meus amigos? Isso mesmo, tinha o formato de um c@r@l#0..... surreal....
Por isso, aqui fica o conselho, muito à laia de Bruno Aleixo, vão lá jantar, sair à noite, ver strip, ver o Tony Carreira ou o Emanuel (isto para as que estão na zona do Algarve...) mas comportem-se, Senhoras, não deixem que pensem que, na verdade, são arraçadas de animais selvagens... na altura do cio....

2 comentários:

Saltos Altos Vermelhos disse...

é preciso sentir-se acima de tudo mulheres todos os dias!!!

Crix disse...

ora nem mais! ;)*