Sob o aconchego de uma chaveninha de chá, chego à conclusão de que há pessoas que são tristemente masoquistas.
Estão mal e ainda procuram razões para ficar ainda pior. Ou talvez não. Talvez isso lhes traga algum tipo de contentamento ou de compensação, como que uma ilusória sensação de controlo. Nada mais errado... é como se fossem daquele tipo voyeurs que está desejoso de se aproximar do objecto de contemplação, mas, não tem coragem suficiente de se aproximar, por isso, vai observando, à distância, tudo o que pode, utilizando todos os meios possíveis. Talvez pensem ou digam que sentem algo parecido ao ódio ou à raiva, em relação ao objecto, mas parece-me a mim (que nada sei...), que o que verdadeiramente sentem é uma espécie de idolatração. Embora tão perto, é como se houvesse uma barreira intransponível que, na verdade é muito fácil de derrubar: basta um simples olá, como estás? gostava de falar contigo.
Porém, lá está o terrivel preconceito, a não deixar avançar....
Acredito que cheguem a sentir que controlam melhor a situação, mas na verdade, há muito mais para além do que se vê, o que leva a que as pessoas sejam julgadas por pré - conceitos e, como acontece em 99.9% das situações, são mal julgadas.
Na maior parte dos casos, pensam que o objecto lhes é relativamente indiferente, quando é exactamente o contrário....
Esta é uma análise muito superficial, que se ergue a partir de uma série de constatações de factos. Por isso meus caros, fica o conselho de quem não consegue conceber que alguém se sujeite à "escravatura" acima descrita, esqueçam as diferenças, as barreiras, os muros, o que lhe quiserem chamar, e dêem o primeiro passo, falem com o objecto. Vão ver que não é tão dificil quanto parece e facilita muito as coisas.

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